De qualquer prisma que se observe a nossa realidade, fica óbvio que estamos em um momento de transição muito grande no planeta, um marco de grandes transformações na humanidade.

Pelo olhar da ciência, em especial da tecnologia e da física quântica, já é possível provar e antever o que já foi considerado ficção ou simplesmente impensável há pouco tempo. Já no campo das relações humanas temos, antagonicamente, convulsões sociais como as que atravessamos no Brasil e, no outro extremo do pêndulo da evolução, alguns exemplos de cidades e países cujo índice de felicidade e paz nos dá esperança para os dias vindouros da humanidade. Inclui-se também o que inúmeras correntes religiosas e espiritualistas falam sobre tempos de transformações e a chegada de uma nova Era na Terra.

Apenas por essas óticas acima mencionadas já fica evidente que não estamos vivendo dias comuns, monótonos ou de simples evolução linear.

Utilizando a expressão que se tornou unânime no campo das empresas de tecnologia e startups do vale-do-silício, vivemos no tempo das transformações disruptivas, onde a projeção comum, baseada no passado e no ritmo da evolução até então, de nada valem para prever o futuro. O que vem pela frente depende muito mais da imaginação humana do que de qualquer limitação da matéria ou da tecnologia.

Estando isso tão claro no campo da ciência, da tecnologia, da economia e seus evidentes impactos na vida da sociedade e das pessoas, não é difícil arriscar que também a humanidade passa, nesse exato momento, por uma transformação, uma evolução e um salto importante em seu status como espécie. Mais à frente em nossa história será claro esse momento em que o Homo Sapiens dá lugar a uma espécie mais aprimorada. Por sinal, já em tempo, uma vez que esta surgiu em torno de 180.000 anos atrás.

Já há estudos mostrando alterações no DNA humano, em que filamentos deste, antes desconhecidos, agora parecem estar se “religando”, além é claro, independente da ciência, a observação tão óbvia das crianças que parecem estar chegando cada vez mais perspicazes, “conectadas”, “antenadas” e com valores diferentes das gerações anteriores, com seus históricos de disputa, lutas, escassez e limitações.

Pesquisas de hábitos de consumo recentes mostram que jovens dos países mais ricos e desenvolvidos não tem mais o sonho de ter seu próprio carro, deixando toda a indústria automobilística em xeque-mate e evidenciando a mudança de mentalidade e valores, onde o coletivo, o compartilhar, a preocupação com a qualidade de vida, com o meio ambiente e com a saúde mental e emocional ultrapassam os desejos de posse, de status e de consumo, oriundos dos comportamentos egóicos.

O que pode vir após a era do conhecimento, ou seja, o ápice da espécie denominada Homo Sapiens Sapiens (o homem moderno)? Após o saber vem, pela evolução, a consciência. A supra consciência que transcende, englobando a ciência, o autoconhecimento e o conhecimento que vem do Alto e da conexão com todo o Cosmos e a sabedoria universal.

Essa espécie que vem, não substituir a razão, pensamento e conhecimento, mas que vem somar a tudo isso que conquistamos e aprendemos até agora, os valores, a percepção do todo, o respeito a si próprio e o respeito aos outros, ao meio ambiente, ao planeta.

Arrisco a dizer que um nome apropriado para essa nova espécie humana seria HOMO CONSCIOUS.

A espécie do humano consciente. Consciente de si próprio. Consciente de seu papel no mundo. Consciente do Todo e das leis universais, do planeta e das causas e efeitos por trás de absolutamente tudo. Consciente de seus atos e omissões, dos mais complexos aos mais simples, bem como de seu papel individual na evolução coletiva, sua missão e propósito de vida, até o impacto de seu consumo e alimentação, além de sua relação com os demais habitantes do planeta, os animais, florestas, árvores e plantas.

O homem consciente assume seu papel no coletivo, no social, e os impactos de suas escolhas como, por exemplo, a importância da participação cidadã na vida pública, a importância de seguir as leis mas questionar as que por ventura não fizerem sentido para o bem comum e a harmonia coletiva e, para tanto, exerce seu papel como agente de transformação.

O Homo Conscious tem por base a verdade. A verdade pauta seus pensamentos, palavras e ações. O conto do Pinóchio deixa de representar a triste realidade da humanidade Sapiens das trapaças, confusões, distrações, preguiça e procrastinação, simplesmente por não ser mais a escolha do homem consciente, mentir para si próprio, mentir por grandes ou pequenas justificativas, pois, toma para si a responsabilidade sobre seus atos, percebendo o impacto que a mentira tem em seu corpo e alma, no coletivo e no planeta e, assim, passa a agir constantemente sob a luz da verdade. Tem a consciência que a verdade é a base da honestidade e o homem consciente é honesto por consciência, sem a necessidade de leis, julgamentos ou punições. Age por consciência e não por medo das consequências.

Vivemos claramente em um tempo de transformação, de transmutação, num marco divisor de eras. Um momento para se celebrar estar vivo, com gratidão e, para cada um de nós, a oportunidade de tomar consciência e reiniciar uma vida, mesmo ainda nessa etapa de transição da espécie humana, já optar por viver no exercício da consciência e ter, aqui e agora, a experiência e o privilégio de ser um HOMO CONSCIOUS.

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