Dia desses, me deparei pensando sobre o que eu posso fazer pela paz mundial

Alguns acham que guerra é apenas notícia internacional, afinal de contas, sempre ouvimos sobre as guerras acontecendo no exterior. 2ª Guerra Mundial, Vietnã, guerra do Golfo, do Iraque e do Afeganistão e obviamente a constante luta em Jerusalém.

Pois bem, é aqui no Brasil que vivemos uma guerra silenciosa e a mais importante, pelo menos do ponto de vista de nós brasileiros. Vivemos sob uma violência urbana, crime organizado e a constante guerra do tráfico de drogas. A cruel e que mais mata que é a guerra no trânsito. No Brasil se morre mais por ano no trânsito, do que em todos os anos da guerra do Afeganistão. Sem contar o risco iminente de quererem tomar à força nossa reserva de água doce, nossa biodiversidade, em fim, nossa Amazônia.

Agora, acima de tudo, temos a “guerra do jeitinho”, onde alguns, para obter vantagens sobre os outros, ultrapassam os limites da ética e da justiça, seja sonegando impostos, desviando dinheiro público, ou qualquer outro desvio de conduta. Aqui está a origem de todas as nossas guerras, ou seja, a guerra interna de valores morais, ou a guerra com a consciência.

Mas não quero ficar pensando em problemas e ser negativista. Creio que temos que fazer sim denúncias, mas apenas denúncias do bem que apresentem soluções e propostas, como é nossa característica como brasileiros de improvisar e sermos criativos frente às adversidades. Lembrei-me de um encontro que participei em 1993 com intercambiários do mundo todo. O tema: Paz Mundial. O objetivo: fazer com que adolescentes plantassem a semente sobre o tema em seus corações e que a levassem de volta para suas pátrias e comunidades. Em um dos trabalhos que fizemos, a constatação de que, vista de fora, não se vê na Terra qualquer fronteira entre países, povos, raças ou religiões. Além da memória, guardo a mensagem transmitida aos participantes pelo então presidente dos USA, Bill Clinton.

Com isso tudo em mente e no coração tenho a nítida visão de que está na hora de fazermos nossa lição de casa, resolvendo nossas “guerras internas” e com isso começarmos a mostrar a todos que o Brasil não é apenas o país do futuro, mais do que isso, que é o farol do mundo inteiro.

Conscientização é o que precisamos. A soma de Consciência com Ação. Consciência de nosso papel como cidadão, de agente de transformação. Pois consciência sem atitude é apenas sonho. Cada um de nós pode fazer a sua parte, sua ação. É preciso apenas deixar para trás velhas ideologias, velhos paradigmas, velhas e falsas sensações de lado. Unirmos em uma só direção, em um só movimento que aglutine as pessoas pelo objetivo de fazer do Brasil o País do Presente, que sabe o que quer e trabalha unido nessa direção.

Quando fizermos isso, estou certo de que todos nossos irmãos que nasceram sob outras bandeiras e fronteiras vão prestar atenção e seguir nosso exemplo. Creio que está na hora da liderança pelo exemplo e não mais pela imposição – como tem sido na história da humanidade. Imposta pelo poder bélico, econômico ou da informação.

Nós brasileiros temos em nosso povo o real poder. O poder da tolerância, da convivência, da paz. Temos aqui presente o maior poder que é o amor.

Amor, ordem e progresso.

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